segunda-feira, 25 de abril de 2016

Reiki nas Políticas Públicas

Reiki nas políticas públicas

Reiki nas políticas públicas

    A Secretaria Municipal de Educação e Esporte (SME), por meio da Gerência de Saúde e Segurança do Trabalho dos Profissionais da Educação (GERSAU), Centro Municipal de Atenção ao Profissional da Educação (CEMAPE) e Política Articulada de Educação da Paz (EPAZ), é responsável pela tessitura da Política Intersetorial de Saúde e Segurança dos Profissionais da Educação desde 2011, ano em que foi instituído a EPAZ. O objetivo é prevenir os adoecimentos e outras formas de conflitos, assim como promover a saúde integral e a qualidade de vida dos profissionais da educação, por meio de Práticas Integrativas e Complementares  (PICs). O Reiki é uma delas.
    As primeiras experiências de aplicação do Reiki na Prefeitura de Goiânia foram na I e II Ação do Mutirão da Acolhida, voltadas aos moradores de rua e aos servidores públicos que estavam atuando na ação, em 2012. A repercussão foi positiva na época, pois os moradores de rua relataram que conseguiram relaxar, que os desconfortos e dores que estavam sentindo foram aliviadas. Outros conseguiram dormir na hora do atendimento de forma profunda. Os servidores públicos que tiveram a oportunidade de receber o Reiki também relataram bem-estar, alívio na tensão e um melhor gerenciamento do estresse diante da realidade que estavam acompanhando.
    Na SME, o Reiki e outras PICs foram ofertadas no Curso Tecendo a Educação em Direitos Humanos na Educação da Paz, em 2013, 2014, 2015 e 2016; no I, II, III e IV Seminário de Educação da Paz: estudos, pesquisas e vivências (2012, 2013, 2014 e 2015); na Ação Cuidando do Educador de Forma Intersetorial (2013, 2014 e 2015), entre outros momentos. Diante do interesse dos profissionais da educação pelo Reiki e por ser uma técnica terapêutica reconhecida pela ciência e amplamente divulgado em alguns hospitais, como por exemplo, no Hospital de Base de Brasília, Hospital Sírio-Libanês e o Hospital Albert Einstein, em São Paulo, no Hospital Gonzaga Mota, regularizado pelo Sistema Único de Saúde (SUS), entre outros, no ano de 2014, 2015 e 2016 a SME abriu inscrições para o Curso e Iniciação em Reiki nível I, II e III e o Mestrado em Reiki neste último ano.
    Os relatos são muito significativos, como por exemplo, sensação de bem-estar, equilíbrio, harmonia, bom sono, redução ou fim da dor de cabeça e outras dores no corpo, melhores condições de gerenciar conflitos pessoais e no trabalho, aumento da criatividade, melhora e diminuição dos sintomas da depressão, ansiedade ou tristezas profundas. Mas o que é o Reiki? Quais são seus benefícios? Por que ele é importante nas políticas públicas?
    Primeiramente, para responder essas questões é preciso esclarecer que o Reiki não é uma religião, e também não tem preferências religiosas. Temos reikianos e reikianas, assim como mestres em Reiki de diferentes procedências religiosas e também sem religião, pois o Reiki não entra em contradição ou em conflito com as doutrinas e dogmas religiosos, seja do terapeuta ou da pessoa que o recebe.
    Em segundo lugar, o Reiki “não tem qualquer contraindicação e tem sido utilizado aliado à medicina tradicional com sucesso” (www.terapiareiki.com.br/artigos/reiki-e-a-medicina). Segundo Ricardo Monezi Julião de Oliveira, na sua Tese de Doutorado, defendida na Universidade Federal de São Paulo, em 2013, sobre “Efeitos da Prática do Reiki sobre Aspectos Psicofisiológicos e de Qualidade de Vida de Idosos com Sintomas de Estresse: estudo placebo e randomizado”, diz:
“O Reiki é uma técnica de imposição de mãos definida no Japão em meados do século XIX. A palavra Reiki é de origem japonesa e significa ‘Energia da força vital do universo’. Seus praticantes acreditam que através da imposição das mãos de um terapeuta Reiki, esta energia possa ser transmitida para o corpo de uma outra pessoa”. (MONEZI, 2013, p. 1).
    Em seus estudos Monezi menciona que “a imposição de mãos é um recurso terapêutico que tem sua utilização referida desde épocas anteriores a Cristo (…) Podemos aqui citar o Toque Terapêutico, o Jin Shin Jyutsu, Qi Yong, o Johrei e o Reiki (MONEZI, 2013, p. 20). Segundo MONEZI  (2013, p. 35) “A proposta do Reiki é de cuidar integralmente do paciente e não apenas da cura ou alívio dos sintomas decorrentes do processo de adoecimento (…) Um sistema integral de cuidado de baixo custo e risco”. Como resultados das pesquisas realizadas no doutorado, MONEZI  (2013, p. 71) menciona os benefícios do Reiki: “Redução dos níveis de estresse; redução dos níveis de ansiedade e depressão; redução da percepção de tensão muscular e elevação da percepção de bem-estar; elevação dos níveis de qualidade de vida referente aos domínios de aspectos espirituais, religião e crenças pessoais, físicos, psicológicos, além das facetas autonomia e intimidade; elevação da temperatura periférica da pele; e redução da tensão muscular do músculo frontal e conduta cianeto elétrica da pele”.
    Para finalizar, nas políticas públicas na SME, o Reiki atendeu aproximadamente de outubro/2015 a março/2016, 627 profissionais da educação nos eventos promovido pela Secretaria. O atendimento com o Reiki é gratuito, por adesão/voluntário, portanto nenhum profissional da educação é obrigado a receber o Reiki.  No CEMAPE, durante os últimos seis meses foram cerca de 1,4 mil profissionais da educação atendidos,com técnicas de Reiki e Estimulação Neural.
    Referente aos Cursos e Iniciações em Reiki ofertados pela SME em 2014, 14  profissionais fizeram os três níveis em Reiki; em 2015, foram iniciadas 71 no nível I, 50 no nível II e 42 no nível III. Em 2016, há 158 inscritos até o presente momento no Curso e Iniciação em Reiki nível I, 63 no nível II e 56 no nível III. No Mestrado em Reiki, foram 38 inscritos, e 14 já foram selecionados.
    A aplicação do Reiki nas políticas públicas pode promover a saúde integral e a qualidade de vida dos profissionais. Dessa forma, quem ganha é toda a comunidade educacional e familiares dos profissionais da educação. Convidamos você a conhecer o Reiki, participar dos cursos e possibilitar vivências com essa prática terapêutica não convencional.
Profª Draª Genivalda Araujo Cravo dos Santos
Doutora e Mestre em Ciências da Religião pela PUC Goiás; Gerente de Saúde e Segurança do Trabalho dos Profissionais da Educação/SME-GERSAU/CEMAPE/EPAZ; Mestra em Reiki Usui Tibetano e Karuna; Terapeuta Sistêmica, Quântica, Bioenergética, Vibracional, Reikiana – CRT  49644; Mediadora Judicial pelo CNJ/TJGO; Coordenadora da Comissão Intersetorial de Saúde e Segurança dos Profissionais da Educação da SME; Presidenta da Comissão de Mediação de Conflito e Convivência Pacífica da SME; compõe o Gabinete de Gestão Integrada de Goiânia – GGIM; Conselheira Global da URI pela Região da América Latina e Caribe.

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